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LEITURA: Toyota Mirai é o elétrico de energia mais limpa da categoria, mas quase impossível de se abastecer.; entenda.

Mirai significa “futuro” em japonês. Uma excelente escolha para um carro que aparenta ter viajado no tempo. Ele mede 4.975 mm de comprimento, 1.885 mm de largura e 1.470 mm de altura, além de ter uma distância entre-eixos de 2.920 mm e pesar 1.900 quilos. O carro é construído na plataforma GA-L, mesma utilizada na fabricação do Lexus LS. A estrutura é suficiente para acomodar uma bateria elétrica de 1,2 kW e 330 células de hidrogênio, responsáveis por gerar energia para o motor elétrico de 184 cavalos e 30,6 kgfm de torque.

Enquanto elétricos convencionais são abastecidos com eletricidade diretamente na tomada, o Mirai é abastecido com gás hidrogênio. A Toyota instalou três tanques na parte inferior do veículo, onde estariam as baterias de um carro elétrico. Ali fica armazenado o combustível do sedã de luxo.

Dado que o gás hidrogênio é altamente inflamável, os tanques usam tecnologias de foguetes espaciais, como um enrolamento de fibra de carbono em altíssima tensão ao redor dos cilindros. A cabine é isolada para evitar que o gás penetre nela e, caso necessário, o carro consegue expelir toda a carga imediatamente. O hidrogênio é pressurizado em um catalisador, onde seus íons e elétrons são separados. Os elétrons formam a corrente elétrica que é enviada ao motor, fazendo as rodas do carro girarem e os sistemas eletrônicos funcionarem. As moléculas de oxigênio se juntam aos íons de hidrogênio residuais, formando água. Em outras palavras: no lugar da gasolina, temos hidrogênio. E no lugar dos gases tóxicos de escape, água. O carro é zero emissor de poluentes. A eficiência na conversão de energia das células a combustível, estacionária ou móvel é de 60%, ou seja, duas a três vezes a dos motores convencionais de combustão interna.
Carros movidos a hidrogênio resolvem um problemão dos elétricos: o tempo de espera para carregar. Enquanto o dono de um elétrico a bateria terá que buscar uma estação de recarga e esperar vários minutos (ou até horas) pelo carregamento, o proprietário de um Mirai terá apenas que procurar uma bomba de hidrogênio e encher os tanques. Este processo leva menos de cinco minutos, segundo a Toyota.
Agora vamos à parte chata, que torna o Toyota Mirai inviável para 2024. A infraestrutura para carros movidos a célula de hidrogênio ainda é caríssima, até como consequência da baixa oferta de veículos na categoria. Além do Mirai, só os novos Hyundai Nexo e Honda Clarity compartilham a tecnologia. Para você ter uma noção de quanto é caro, a fabricante até chegou a orçar a instalação de uma estrutura de abastecimento, importada da Europa, para a fábrica de Sorocaba (SP). O valor final do "posto" ficaria em 800 mil euros – R$ 4,2 milhões na conversão simples. Ou seja, não tem como abastecer o veículo no Brasil ainda...




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