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Ainda há tempo?

 Onda de calor recorde na Islândia e Groenlândia acelera o derretimento do gelo e apresenta riscos climáticos globais.

Derretimento precoce do Ártico ameaça os ecossistemas, que podem entrar em colapso

O derretimento vai alterar a circulação do oceano, ameaçando a biodiversidade e afetando cadeias alimentares e ecossistemas inteiros. Ártico pode ficar irreconhecível até 2100 e efeitos serão devastadores, aponta estudo; veja IMPACTOS:

Previsão vem de um estudo recém-publicado na revista científica "Science", que afirma que, mesmo se os compromissos atuais de redução de emissões de todos os países do mundo forem mantidos, transformações drásticas aconteceriam na região.
 

        > A região enfrentará temperaturas mais altas do que as observadas antes da industrialização, afetando diretamente o clima e os ecossistemas locais.
    >> O Oceano Ártico ficará sem gelo durante vários meses a cada verão, o que alterará profundamente os habitats e a vida marinha que dependem do gelo.
    >>> O derretimento acelerado da Groelândia contribuirá para o aumento do nível do mar, afetando não só as populações costeiras, mas também os ecossistemas marinhos que dependem da estabilidade do gelo.
    >>>> Espécies como ursos polares, focas e baleias Beluga enfrentarão mudanças em seus habitats e alimentação, com algumas populações possivelmente desaparecendo devido à perda de gelo.
    >>>>> O derretimento do permafrost (solo contém grandes quantidades de carbono e metano, e o aquecimento global está causando seu degelo, liberando esses gases de efeito estufa na atmosfera e acelerando o aquecimento do planeta) afetará a infraestrutura e as comunidades locais, danificando estradas, edifícios e gerando riscos à segurança das populações, podendo até reativar vírus antigos!

Duas pessoas caminham sobre placas de gelo, com algumas áreas derretidas em uma região do Ártico. — Foto: NASA/Kathryn Hansen
Duas pessoas caminham sobre placas de gelo, com algumas áreas derretidas em uma região do Ártico. — Foto: NASA/Kathryn Hansen   

    Pesquisadores compararam o impacto do aquecimento global em cenários de 1,5°C, 2°C e 2,7°C de aumento de temperatura, baseando-se em estudos existentes e nas projeções mais recentes, como as do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Com isso, descobriram que o aquecimento do Ártico mais rápido do que outras regiões pode alterar profundamente o gradiente de temperatura entre os polos e o equador. Na prática, isso resulta no enfraquecimento dos ventos e pode levar a extremos climáticos que ficam “presos” por mais tempo em determinadas regiões.

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Como o aquecimento global afeta a vida no Ártico — Foto: Arte/g1 

https://ihu.unisinos.br/images/ihu/2025/03/24_03_grafico_massa_das_geleiras_dw.pngA preservação das geleiras não é apenas uma necessidade ambiental, econômica e social. É uma questão de sobrevivência.

Consequências ambientais e sociais do degelo

O impacto do aquecimento no Ártico não afeta apenas os padrões meteorológicos, mas também a vida das comunidades indígenas na Groenlândia.

Com o derretimento do gelo marinho, as rotas tradicionais de caça e transporte foram alteradas, afetando a mobilidade com trenós puxados por cães.

Além disso, o degelo do permafrost gera riscos adicionais, como o colapso de infraestruturas e um aumento na frequência de deslizamentos de terra e tsunamis.

Globalmente, a perda de gelo contribui para o aumento do nível do mar, com implicações para zonas costeiras e nações insulares de baixa altitude.

Uma emergência climática com efeitos a longo prazo

O aumento de temperaturas e a aceleração do degelo no Ártico refletem a urgência de tomar medidas para mitigar a mudança climática, pois seus efeitos transcendem a região e afetam os ecossistemas e sociedades de todo o mundo.

Esse evento climático extremo reforça a importância de reduzir as emissões, preservar os gelos polares e desenvolver estratégias para se adaptar às consequências do aquecimento global.

 

PARA SABER MAIS ACESSE: Jornal da USP

 
Após a leitura, responda em seu caderno:
 
    1) Causa e Efeito em Cascata: O derretimento do Ártico é um "evento extremo composto", onde vários fatores (como aumento da temperatura, chuvas no inverno e tempestades) se combinam. Se o gelo que reflete a luz solar (o "efeito espelho") diminui, isso acelera o aquecimento.
Explique como esse processo funciona como um ciclo vicioso (um feedback positivo) e proponha um exemplo de como a quebra desse ciclo poderia ser tentada, mesmo que em teoria.

   2) Impacto Sistêmico e Global: O texto alerta que o colapso de ecossistemas no Ártico pode ter "efeitos em cascata" em outras partes do mundo. Considerando que o Ártico é um regulador térmico do planeta, quais seriam as possíveis consequências para o clima do Brasil (como a frequência de chuvas, secas ou a intensidade de fenômenos como o El Niño) se esse regulador falhar?

    3) Responsabilidade e Ação: O Ártico está entrando em um "estado novo", sem precedentes na história humana, e que os efeitos serão duradouros. Diante desse cenário, que ações concretas (em nível local, nacional e global) você considera essenciais para tentar mitigar esses impactos?
Além das ações governamentais e corporativas, qual é o papel do cidadão comum, especialmente de vocês, jovens, nesse contexto?

 

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